Sobre perder o controle (ou meu relato de parto)

Alerta : post longo !

Escrever meu relato de parto tem sido um grande desafio. Pra quem me conhece, sabe que abrir mão de cada pequenino detalhe, é uma tarefa árdua (risos). Mas dessa vez o desafio é justamente por eu não ter “em mãos” cada detalhe…

Eh, a mente é mesmo engraçada e desde o meu TP* até agora (completamos hoje, 44 dias dessa jornada aqui de fora da pança), vivemos uma lição atras da outra!

Pois bem, segue meu relato despretensioso e muito provavelmente com o essencial, de tudo aquilo que ficou impregnado na minh’alma…

Domingo, dia 31 de janeiro, não me recordo exatamente o que fizemos, mas era um domingo como qualquer outro. Acordamos, tomamos café da manhã e logo ali, na mesa do café eu sentia meu pequeno mexer vigorosamente dentro da minha barriga, essas mexidas vinham acompanhadas de uma dor que eu acreditava piamente serem cólicas e/ou espasmos de prisão de ventre (meu intestino estava preso e eu preferi acreditar que esse era o motivo). Essas contrações me acompanharam por todo o dia, e eu de fato ignorei não quis acreditar na possibilidade de serem contrações não ritmadas, ou de simplesmente serem contrações.

Caique comentou comigo : “será que isso não é contração?” e eu: “claro que não!”. Passei o dia “bricolando” algumas coisas pro meu bebê e pra casa – eu estava com a ideia fixa de que a casa precisava de estar mais organizada, com mais cara de casa, precisava ter os quadros com os rótulos que trouxemos da França (como se um recém nascido fosse reparar nisso)… Mas, a verdade é que eu não conseguia abandonar essa paranoia idealização. Fiquei mexendo com zilhões de coisas na casa, mas no fim do dia resolvemos aproveitar o calor para dar um pulo na piscina do condomínio ( mal sabia eu que aquele seria meu ultimo mergulho na piscina barriguda). Voltamos pra casa e retomamos nossos afazeres de domingo. Continuei nas minhas arrumações e me lembro de ir deitar por volta das 23h. Caique já dormia e confesso que perdi um pouco a noção das horas nesse inicio de madrugada.

Só sei que as dores das contrações começaram a me acordar (sim, eram contrações que eu ignorei), e me lembrei imediatamente da Luana (nossa enfermeira obstétrica – um dos anjos dessa nossa travessia) dizendo em uma das consultas que, quando as dores nos acordam, é porque realmente são contrações. Eu, que até então me negava a acreditar no inicio do TP, não podia mais me esconder. Contei durante um tempo o intervalo entre umas  3 ou 4 contrações, pra saber em que pé poderíamos estar. Intervalos de 6, 13, 5 minutos. Resolvi acordar o Caique. Chamei ele e disse : “é… acho que eram contrações mesmo…”, e ele: “é… eu imaginei mesmo…”.

Contamos o intervalo de mais algumas contrações, e resolvemos ligar pra Luana  que nos orientou que muito provavelmente era o inicio do TP mesmo, mas que poderia demorar, disse pra eu entrar no chuveiro e depois voltar a dormir e guardar as energias pra quando as coisas acelerassem (isso já era 1h30 da madrugada). Assim fiz (fizemos), fiquei um tempo no chuveiro e depois me deitei. Criei um grupo no zapzap pra deixar a equipe toda informada, mas não chamei ninguém pois não senti necessidade. As contrações vinham com intervalos longos, mas me acordavam. Eu vocalizava enquanto Caique massageava minha lombar… e assim foi durante a noite toda…

Segunda-feira, dia 1° de fevereiro. Passei o dia com as contrações doloridas mas ainda espaçadas. Tinha apetite apesar da indisposição física ( eu só queria ficar deitada na cama – e talvez essa seja a prova da sabedoria do corpo, afinal meu TP durou 55h). Tomei café da manhã normalmente, almocei e no inicio da tarde a Luana veio dar uma olhadinha na gente. Nessa primeira visita ela já deixou todo o equipamento aqui em casa e disse que voltaria mais tarde e que se a gente precisasse de alguma coisa era só acioná-la. Passamos a tarde toda na cama, dormindo e acordando entre uma contração e outra. Atendi telefonemas de trabalho, da família e não mencionei nada sobre o inicio do TP – esse era o combinado com a equipe, não falaríamos nada pras nossas famílias. Entrei no chuveiro por volta das 17h e pedi pro Caique acionar a amiga fotógrafa e a doula. Confesso que eu não sentia necessidade de tê-las por perto naquela hora exata, mas pedi para chamá-las pois comecei a ficar ansiosa demais e talvez, inconscientemente, eu achasse que a presença delas significava algum avanço no TP.

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eu no chuveiro, justamente nesse momento descrito acima (foto by Caique)

[minha irmã veio aqui em casa pra me trazer um contrato que eu tinha que assinar, o Caique a recebeu e inventou uma desculpa qualquer pra ela não ter que entrar e não desconfiar ainda mais…rs ]

Elas chegaram, não me lembro mais a ordem… só sei que acabei descendo (aqui em casa é um sobradinho com os quartos na parte de cima) pra comer alguma coisa. Comi um bolo de nozes que a Clarissa trouxe, depois sentei na bola de pilates, dei umas voltinhas e decidimos que era hora de encher a piscina caso eu quisesse usar (ela ficou cheia e eu nunca entrei nela…rs). Nessa hora, deixei as duas preparando as coisas da piscina e subi outra vez.

Não tenho a noção exata do tempo depois que subi pro quarto. Sei que a indisposição continuava e eu queria ficar sò deitada. Sei que entrei no chuveiro outras vezes pra aliviar as dores das contrações, sei que a Luana veio fazer outra avaliação e foi embora e que depois, na madrugada, eu vi pela primeira vez, o rostinho calmo e sereno da Luanda (nossa obstetra – outro anjo iluminado).

Sei que num determinado momento, a Carina (a doulAmiga) veio me “tirar” da cama pra ver se o TP engrenava (as contrações ficaram muito espaçadas), caminhei pelo quarto, quiquei na bola de pilates, tive massagem, rebolei e até descer pra sala eu desci… Vi a piscina pronta, a sala cheia de velas , vi a lua da janela (a Luanda tinha comentado que a lua estava linda), subi outra vez e me lembro da Luanda conversar comigo ( lembro dela falar alguma coisa sobre meu animal de poder, usar dessa força pra me entregar). Eu estava cansada fisicamente e emocionalmente, e depois dessa conversa com a Luanda, resilvo ir pra frente do meu altar… fechei os olhos e na tentativa de me conectar com a essência ali fiquei – e confesso, trenzin difícil viu ?! me permiti um estado de transe consciente… sim, porque o que eu queria mesmo era ver tudo o que acontecia, controlar cada passo e cada fase do TP … Afinal de contas, na teoria eu sabia tão bem… Tão bem que não conseguia me desprender ou me entregar por inteiro…

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eu na bola, Carina me massageando e Praline observando (foto by Caique)

A madrugada foi longa e eu me esgotei fisicamente. Comecei a sentir uma dor na altura das costelas flutuantes do lado direito. Era uma dor aguda e constante que só desaparecia durante as contrações, mas depois voltava e permanecia (eu achei que era muscular e até hoje não descobrimos o que foi exatamente pois a dor desapareceu depois do nascimento). Eu já estava naquela fase de não ter lugar nem posição que me aliviasse, mas o cansaço tomou conta de mim e deitei outra vez… As contrações se espaçaram outra vez…

Dia 02 de fevereiro, terça-feira : 40 semanas completas (minha DPP).

Eu me sentia frustrada e via meu TP se arrastar… me julgava constantemente e queria que uma voz do além viesse me dizer o que eu precisava fazer (na verdade eu não precisava que ninguém me dissesse, eu ja sabia, mas me negava a abrir mão do controle e da expectativa do TP que eu conhecia das minhas infindaveis leituras de livros, textos, blogs e relatos de parto como esse que estou escrevendo).

De manhã (não sei que horas mas sei que era de manhã pois ja estava claro) a Kelly (outra doulAmiga) chegou  e me encontrou no banheiro (naquela conversa com a Luanda de madrugada, ela me perguntou se eu queria falar com a Kelly e eu disse que sim), eu lembro de perguntar pra ela ” O que a Naoli me diria ?” ( eu na minha inocência achando que a parteira mexicana faria mudar alguma coisa… mal sabia eu que, quem devia tomar as rédeas ali era tão e somente eu mesma…). Tomei outro banho, a Kelly me trouxe o famoso chá da Naoli preparado pelo marido. Ali, no quarto, dancei, agachei, fiz oitos com a bacia, deitei outra vez, fiz uma visualização guiada com a Kelly. Caique, que havia passado a noite e madrugada toda ao meu lado, tinha ido tomar café e voltava pra me fazer companhia.

Finalmente tive vontade de ouvir a playlist que havia preparado durante a gravidez. Sentada na bola e Caique deitado na cama, escutamos as musicas selecionadas e nos escutamos também, ali choramos um rio de lagrimas e senti me esvaziar… Me lembro de ver a Carina e a Clarissa, que estavam na parte de baixo da casa, subirem em silêncio e testemunharem esse momento com a gente, até a Praline (nossa golden retriever)  se juntou a nós. (a Carina me disse que a Kelly tinha subido antes). Depois voltamos a ficar sò eu e Caique no quarto.

[Aqui eu não faço ideia de que horas eram nem quanto tempo durou. Sei que o Caique me convenceu a sair de casa e dar uma volta no condomínio].

Saímos, conversamos e até vomitar na garagem de um vizinho eu vomitei (e là se ia o famoso chá da Naoli…rs). Voltamos pra casa e decidi que avisaria a minha mãe sobre o TP e assim o fiz, e que bom… às vezes é preciso rever as decisões.

[era casamento da minha irmã… uma cerimônia em casa para pouquíssimos convidados. uma hora ou outra eu teria que avisar…a família e alguns amigos que estariam presentes na cerimônia ficaram sabendo… naquele momento de decisão, meu coração ficou em paz]

Eram 11h da manhã, lembro porque a Luana avisou que a equipe sairia pra almoçar e voltariam em 2 horas pra uma avaliação. Caique e eu almoçamos (por almoço, leia-se eu comi um ovo cozido a contra gosto). Depois voltamos pro quarto e nos deitamos. Sentia sono e precisava descansar (eita corpo sábio viu ?!). A Luana voltou sozinha, depois de não sei quanto tempo e fez uma avaliação. Estava tudo bem e ela foi embora e disse que voltaria mais tarde para uma próxima avaliação.

Passamos a tarde toda e inicio da noite “sozinhos” em casa. Por volta de umas 16h30 (eu acho), a Clarissa (a amiga fotógrafa) deu uma passada rápida por aqui. Eu ainda estava deitada descansando e sentindo as contrações bem espaçadas. Conversamos um pouco e ela me disse que não poderia ficar mais pois não tinha com quem deixar os filhos lindos que ela tem (o marido dela – o Paulo Pop – estava viajando). Me lembro de dizer pra ela ficar tranquila e que naquele momento, os filhos dela precisavam mais dela do que eu (ou alguma coisa parecida com isso). A partir daí perdi um pouco a noção do tempo. Sei que me levantei disposta e comecei a ouvir umas musicas  sentada na bola de pilates enquanto conversava com a Claris. Em algum momento, enquanto a Claris ainda estava conosco, a Luana voltou. Ela fez uma avaliaçao e constatou, mais uma vez, que estava tudo bem comigo e com o bebê. Dessa vez ela disse que voltaria de noite, antes das 23h pra administrar a primeira dose do antibiótico – minha bolsa rompeu na madrugada de segunda pra terça e o protocolo era esse caso o meu mininu não nascesse antes de completarem 18 horas de bolsa rota. Luana se foi e às 18h, a Claris também foi embora.

Me me lembro que depois delas irem embora, o Caique ficou comigo no quarto. Enquanto eu me movimentava e sentia o intervalo das contrações diminuir, ele selecionava umas musicas que não estavam na playlist. Ficamos por um bom tempo assim, juntos, ouvindo musica e conversando… eu sentia as dores e ia de encontro com elas. Depois de umas 3 horas ou mais, comecei a me cansar. Caique também estava exausto e resolvi me deitar ao lado dele. Acordamos com a chegada da Luana e da Luanda por volta de umas 22h30 (eu acho…). Contrações espaçadas novamente…

Ficamos uns minutos, os quatro, conversando sobre muitas coisas que mais tarde viriam me ajudar a atravessar meu TP com mais serenidade e confiança. A primeira dose do antibiótico foi administrada e as contrações continuavam espaçadas. O único exame de toque foi feito. Não quis saber sobre dilatação, mas ali, dentro de mim, eu sabia que já estava com dilatação total há um bom tempo. As duas anjinhas desceram e Caique também (ele estava curioso pra saber da dilatação…rs). Me movimentei bastante depois disso, da banqueta de parto pra bola e vice-versa. A dor do lado direito continuava aguda e chegava a me incomodar mais do que as próprias contrações.Não sei quanto tempo durou isso e a partir daqui já não tinha a menor noção do tempo. Fiquei sem lugar, sem posição e começava a me frustrar novamente. Caique chamou a Luana. Ficamos por um bom tempo tentando manobras e posições diferentes para aliviar a maldita tal da dor. As contrações vinham mais ritmadas. Tentamos usar uma toalha, fizemos agachamentos e banqueta e bola e agachamento com a toalha outra vez… As contrações se espaçaram e a Luana sugeriu que eu voltasse a ouvir minha playlist.Hesitei um pouco, mas decidimos colocar pois ela acreditava que poderia ajudar.

[Caique dormia entre uma contração e outra de tão esgotado que estava – eu, à essa altura, não conseguia dormir por causa das dores]

Voltamos a escutar e de repente, a frase “debaixo d’água…” fez a Luana ter um insight “Que tal se você voltasse pro chuveiro?”. Não pensei nem duas vezes, e lá estava eu debaixo d’água outra vez [de fato era mais bonito, mais azul e mais colorido… sò faltava mesmo respirar – e me entregar]. A água me ajudou e as contrações vinham cada vez menos espaçadas e logo tive vontade de empurrar. Eu tinha consciência de tudo e tentava (ainda) decodificar as fases do TP.

Quatro horas se passaram desde a primeira dose do antibiótico. Luana veio até mim, no chuveiro e aplicou a segunda dose [frustração de ver o tempo passar sem saber até quando iria durar. um misto de medo e raiva]. Comecei a fazer força e, a cada contração urrava e empurrava. Em pouco tempo, me vejo frente a frente com meus dois anjos que me disseram “essa força não vai fazer seu filho nascer”,”você está com raiva?”, “esse grito é de raiva e não de entrega”, “vocês dois estão bem… mas até quando?”…

– EU SABIA QUE PRECISAVA ME ENTREGAR… mas como ? E perder o controle ? Sim… –

Me permiti e fui aos poucos abrindo mão do controle. A Luanda teve a brilhante ideia de amarrar um canga no suporte do box do chuveiro e isso foi VIDA ! As contrações vinham e eu, me entregava e empurrava.

Quase (1 of 1)

Luana e Luanda comigo. Eu na banqueta de parto no box, entre uma contração e outra.     (foto by Caique)

 

A bolsa que estava rota, havia formado um novo bolso de água no canal vaginal, impedindo a passagem da cabeça do meu mininu, que ja estava baixa desde segunda. Isso contribuiu também pra formação de um pequeno rebordo de colo do útero que foi retirado manualmente pela Luanda durante uma contração [Ai que dor! – mas confesso que foi mais medo da dor do que a dor em si]. Nada do bolsinho romper. Eu percebi olhares e as duas anjinhas conversaram entre si, mas o barulho da água e o próprio momento em si não me fez perguntar o que acontecia. A contração seguinte veio rapidamente, junto com a vontade de empurrar e… ploft ! A bolsa se rompia completamente [senti uma faísca de alivio e alegria].

Contrações bem ritmadas com curtos intervalos entre uma e outra. Vontade de empurrar quase que o tempo todo. Na banqueta de parto segurando a canga amarrada eu me entregava um pouco mais em cada contração. De repente, uma proposta da Luanda para sair do chuveiro. Não pensei, não raciocinei, apenas segui o fluxo e o instinto e saí. Ao me levantar sentia meu corpo num côncavo, era impossível ficar com a coluna ereta. Caminhei até o quarto e na beira do pé da cama, veio uma nova contração. Me agachei com os joelhos no chão e ali fiquei. O Caique deitou na diagonal da cama de frente pra mim. Seus braços me davam o mesmo suporte que canga dentro do box.

Ali, olho no olho, sentia as contrações uma seguida da outra e já não sabia o que eram contrações ou vontade de empurrar. Perdi a noção do tempo por completo. Vi a Luana e a Luanda saírem do quarto e depois de um tempo voltarem. Ardência…[finalmente o circulo de fogo! pensei eu] “vem meu filho” eu disse!

Não sei quantas contrações aconteceram daqui até o nascimento, mas me lembro da Luana dizer pro Caique trocar de lugar com ela pra ele poder receber o nosso filho. Nesse momento olhei pra ele e disse “Não não, eu preciso de você!” – Ele ficou e pouco depois a cabecinha nasceu ! Olhei para baixo e vi (essa imagem está registrada na minha retina). Ouvi a Luanda dizer, agora não precisa empurrar com tanta força que o corpinho vem, e como que num passe de mágica, a sensação deliciosa de sentir o corpinho dele sair de dentro de mim. Olhei para baixo e vi aquele serzinho miúdo e encolhido entre minhas pernas e de repente ele veio parar nos meus braços. Um chorinho e logo o aconchego. Ali, no dia 03 de fevereiro de 2016, nascia uma criança, uma mãe e um pai !

Eram 6h14 de uma quarta-feira que ficaria ensolarada. Era dia 03 de fevereiro de 2016. 

Luana e Luanda me ajudaram a levantar e me deitei na cama com minha cria nos braços. Um empurrãozinho de leve e a placenta nasceu. Não precisei de ocitocina sintética pra contrair o útero e não quis pontos na laceração que houve, preferi a cicatrização natural.

Com a placenta do lado, ficamos os 3 aninhados na cama por um tempo. Envoltos por uma onda de euforia e ocitocina. Lambemos a cria e decidimos o seu nome : GAEL, aquele que protege ou é protegido _/\_

As anjinhas voltaram pro quarto para fazer os procedimentos de cortar o cordão, pesar, colocar a roupinha e enquanto isso eu tomava um banho rápido. Voltei pra cama e tratei de lamber a cria! Caique desceu pra preparar o café da manhã pra nós. A Carina, minha doulAmiga, chegou à pedido da Luanda (é…por algum motivo não acionamos as nossas doulAmigas na ultima fase do TP). Carina chegou e nos ajudou com um monte de coisas, inclusive a esvaziar a piscina que jamais fora utilizada. Conheceu o Gael, me ajudou com alguns cuidados e foi a ultima a ir embora.

Enquanto as 3 desceram na companhia do Caique pra tomar o café da manhã na sala, eu comia meu banquete na cama (o apetite tinha voltado com tudo), acompanhada da minha cria nos braços.

Depois das recomendações todas e orientações, a equipe se despediu. A casa vazia, mas repleta de amor e lembranças nos aconchegava.

Telefonemas foram feitos e avisamos nossos familiares que vieram durante o período da tarde e noite para conhecer o mais novo membro.

Final Editada (1 of 1)

Registro da equipe e da família : (da esquerda pra direita) Carina em pé, Luana deitada, Luanda ao meu lado, euzinha com Gael nos braços, Caique e Praline olhando pro “irmãozinho”. (faltou a Claris e a Kelly)

Minha gratidão ao universo por me proporcionar uma vivência tão intensa e arrebatadora!

Minha gratidão à equipe maravilhosa que nos respeitou e nos acolheu tão amorosamente !

Minha gratidão ao meu parceiro, que atravessou esse túnel junto comigo e não somente ao meu lado ! Meu amor e admiração por você !

Minha gratidão ao meu filho, ser de luz, que me permite viver esse amor incondicional !

6 comentários sobre “Sobre perder o controle (ou meu relato de parto)

  1. Amana disse:

    cê não tá entendendo, iara. quando finalmente eu li “vem meu filho”, eu já tava aqui, ajoelhada no chão junto com vc, parindo também. e quando nasceu a cabecinha? nóóó. lindo demais, quê isso. ❤ amor amor amor amor, pra vida inteira. viva a vinda! coisa mais linda, meu deus, coisa mais linda. parabéns, família, por essa travessia divina! um abraço nocês. um chêro na nuca da cria.

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